... para temperar a intensidade brilhante, branca... |
Imagens: cachoeira, infância: brincar com farinha,
tempo, efemeridade, instinto animal, procissão...
Imagem: purificação através da água - corpos e mentes danificados
"Coloquei a testa no pó - relaxar - aliviar a dor - cheiro de Namíbia -comecei a sentir a textura da substância na minha pele"
Mesmo, sem querer, entregou os olhos ao polvilho, que ofuscava, na laje, na vez do sol. Ainda que por um instante, achava ali um poder, contemplado, de grandeza, dilatado repouso, que desmanchava em branco os rebuliços do pensamento da gente, atormentantes.
Foi muito forte a sensação de liberdade e união. |
O tempo que perpassa pelas mãos O tempo que ultrapassa e se dissolve Efêmero... Areias do tempo, areias da vida, areias do tempo (...) O homem manipulando o tempo Sua vida O polvilho. Coisa sem fim. Ela tinha respondido: - "Vou demais." Desatou um sorriso. Ele nem viu.Estávamos ali, sobre a lona de plástico, com aquela substância, bem diante de nossos olhos. O que fazer? Como começar? As perguntas chegavam a perturbar minha mente. Então, ao toque da música e tendo como base algumas orientações, os movimentos começaram a fluir naturalmente. A música pedia interação e o meu corpo pedia a música, ao tocar a substância descobria uma nova sensação. Sempre vemos nossas mães, ou avós, utilizando a farinha para fazer um bolo, mas quantos de nós já havia parado para tocar nesta substância e perceber as sensações que ela nos causa? Eu nunca havia tocado. Fui tomado por várias sensações, imagens, relações com a substância e com as pessoas... ... poder ter uma relação mais próxima de algo que no cotidiano está tão distante, primeiro por já sermos adultos e não termos mais essa relação do brincar, se jogar, se sujar, enfim... Estar em contato com algo que te leva lá para o tempo onde tudo era permitido... |
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